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Milton #1

A primeira montagem utilizou componentes que eu já dispunha:

  • Clone do Arduino Duemilanove, fabricado pela Empretec de Bauru (SP);
  • Display LCD (clássico) de 16 colunas x 2 linhas;
  • Conector e teclado PS/2 para entrada de dados;
  • Leitor de cartões SD (desativado no vídeo).

Tenho mais três Arduinos deste modelo e estava há tempos sem prática no manejo de protoboardsjumpers e até na IDE. É sempre bom ter peças extras antes de começar a queimar componentes mais novos.

O abismo que separa o que chamamos de computador pessoal deste primeiro teste é enorme. Ainda assim, é possível vislumbrar a complexidade que envolve a implementação de recursos “triviais” como de entrada (teclado) e saída (LCD) de dados, sistemas de arquivos (cartão SD) e portas para periféricos.

Os recursos “triviais” são a base da interação humano-computador e ajudam a explicar como as plataformas de microcontroladores Arduino e similares ainda não substituem computadores PC e o Raspberry Pi sim. No primeiro caso, você tem algo como computadores de propósito específico – lembram os computadores de programa armazenado. É possível realizar muitas coisas modernas nos Arduinos (conectar à internet, acionar motores, utilizar dispositivos USB e bluetooth), mas elas estão pré-definidas na montagem feita pelo programador.

O Pi roda variantes de Linux ou Noobs, o que significa que todos as aplicações e funcionalidades básicas esperadas (interface gráfica, pacotes de edição de textos, planinhas e imagens, navegadores, jogos) estão disponíveis ou facilmente instaláveis. Para completar, Pis também estão conectados, conseguem acionar motores e ler dados de sensores como os Arduinos.

Milton deve ser algo entre estes mundos: o usuário precisa realizar tarefas típicas esperadas, mesmo que o dispositivo seja computacionalmente pouco potente. Imagino Milton como consoles ou computadores pessoais dos anos 1980, que na prática eram eletrodomésticos: ao chegar da loja, bastava conectá-los a televisores, energia elétrica e pronto.

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